As prestações dos atletas portugueses foram muito boas nesta competição.
Infantis patinagem livre femininos - apesar de ser a 1ª vez e da sua idade, as 3 atletas presentes portaram-se extremamente bem. Mesmo com alguns erros durante a actuação principalmente ao nível das saídas dos saltos as atletas portuguesas mostraram estar ao nível das melhores (e foram as melhores) e obtiveram com justiça os seus lugares. Mas a história podia ter sido outra. Se os esquemas tivessem saído como no nacional podiam ter ficado as 3 no pódio. As portuguesas ganharam clara vantagem nos piões e a nível artístico.
Infantis solo dance - a Iara foi claramente a melhor e ganhou com toda a justiça. Basta reparar na diferença de pontuação para as restantes. Mas não nos podemos esquecer que esteve apenas presente uma atleta portuguesa nesta especialidade e que as duas atletas que ficaram de fora também tinham todas as capacidades de discutir o pódio com as atletas presentes.
Iniciados patinagem livre - nos masculinos o Sebastião e o Valter não tiveram oposição. Ficaram bem em 1º e 2º. Mais um atleta português a participar e certamente o 3º lugar também ficaria em Portugal.
Nos femininos tivemos um escalão muito forte e muito competitivo. As atletas espanholas, convidadas pela federação espanhola para estarem presentes, realizaram os seus esquemas quase sem falhas e quebraram as expectativas lusas de uma medalha neste escalão. A Carolina Andrade realizou um bom esquema, com algumas falhas mas podia ter ido ao 3º lugar já que não ficava nada atrás da atleta espanhola. A nível técnico eram semelhantes. Mas a eficácia foi diferente. A Inês Tavares, com algumas falhas em certos exercícios fundamentais e algum nervosismo à mistura, não conseguiu ultrapassar a forte concorrência.
Iniciados solo dance - as atletas portuguesas (Íris Martins e Neuza Pimenta) mostraram-se algo nervosas. Se calhar por ser a 1ª vez. Mas apesar de pequenas falhas na execução das danças obrigatórias tiveram boas notas. Portaram-se bem. A concorrência era forte.
Cadetes patinagem livre - nos masculinos o João ficou bem em 3º. Os italianos eram fortes demais. Fez duas boas provas apesar dos condicionalismos físicos com que se deparou durante a semana.
Nos femininos após 2 curtos muitos bons (não arriscaram e ganharam vantagem nesse ponto) o longo correu de forma diferente para as portuguesas. A Inês Brasileiro com um bom longo segurou o 3º lugar e a Susana Lourenço com algumas falhas no seu programa desceu para 6º lugar. Mostraram ter capacidade para provas mais competitivas. Mas isso já se sabia.
Cadetes solo dance - duas provas com destino semelhante... nas danças obrigatórias a Inês Gigante com algumas falhas ao nível musical foi parar a 5º lugar. A Ana ficou em 6º, apesar de mal cotada pelos juízes. Depois deu-se o que para muitos era impossível. As duas deram a reviravolta total às contas e com duas danças criativas excepcionais subiram para 1º e 2º lugar. Excepcional.
Juvenis patinagem livre - nos masculinos foi uma das grandes injustiças da prova. Após um curto quase limpo (e aí a diferença de pontuação do Joel para os italianos e mesmo para o alemão foi irrisória, claramente para os segurar para o longo...) o Joel patinou o longo de uma forma muito concentrada e merecia ter ganho a competição.
Nos femininos a Mariana fez um curto muito bom mas depois no longo não conseguiu segurar o 2º lugar. A italiana que estava em 3º fez o longo sem falhas e a atleta que estava em 4º igualmente. Eram muito boas atletas, melhores que algumas que participaram no campeonato da europa. A Catarina Fontes, apesar das quedas durante a semana que a condicionou fisicamente, fez duas provas razoáveis e mostrou que tem grande potencial para trabalhar no futuro.
Juvenis solo dance - a surpresa da prova. Não tínhamos conhecimento do nível da prova nos anos anteriores logo não se tinha expectativas reais sobre as possibilidades do Paulo. Nos treinos mostrou ser o melhor. Mas nem sempre o melhor ganha. Nesta prova isso aconteceu. Ganhou o melhor. Boas danças obrigatórias e uma forte dança criativa arrumou com a concorrência.
Juniores solo dance - nas danças obrigatórias começaram as incógnitas dos juízes...foi uma trapalhice de notas, com cotações totalmente diferentes por parte dos juízes, o que fez com que os atletas portugueses fossem mal cotados. O atleta italiano que ficou em 1º, na primeira dança obrigatória ficava logo arrumado do título se os juízes tivessem sido justos. Seguraram-no e depois no tango foi só confirmar o lugar. O Amaro Alves venceu a dança livre mas não foi suficiente para vencer a prova (que merecia). A Ana Costa com a dança livre segurou o lugar das obrigatórias e a Ana Galego subiu na dança livre.
Seniores solo dance - depois da confusão dos juízes nas danças obrigatórias dos juniores seguiu-se outra confusão nas danças obrigatórias dos seniores. A música, que tanto penalizaram a atleta portuguesa Inês Gigante nos cadetes, não foi tida em conta nos seniores e a atleta da Grã-Bretanha ficou em 1º nas danças obrigatórias apesar de andar fora da música a maior parte do tempo, atirando para o 3º e 4º lugar a atleta italiana e o atleta português. A confusão era tanta (parecia confusão mas as contas estavam bem feitas desde o inicio) que para espanto geral duas juízes puseram-no o atleta português em 11º e 12º lugar (na dança livre deram tanta diferença que de 12º passaram para 4º e 6º lugar), quase último, sendo vaiadas com uma monumental "assobiadela" por parte do público. Curioso foi o facto de a mesma juíz ter posto o Amaro em 9º.
Outra atleta da Grã-Bretanha que ficou em 6º, à frente da Andreia Cardoso, também andou grande parte das danças fora da música. Na dança livre o atleta português ficou em 2º lugar, subindo um lugar na classificação geral alcançando o 3º lugar pódio. A Andreia segurou o lugar das obrigatórias, com o público a mostrar a sua insatisfação com as notas atribuídas.
Os 3 primeiros classificados desta especialidade tiveram cada um 2 juízes a porem-nos em 1º lugar. Os outros foi a confusão normal dos "jogos" dos lugares.
Ficou a sensação (e mereciam) de que os portugueses podiam ter ido mais longe.
FUTURO???... depois desta brilhante prestação colectiva da selecção portuguesa espera-se uma continuidade na aposta realizada, que tantas medalhas deu. À parte das medalhas, e como já foi dito antes e se calhar mais importante, as prestações dos atletas portugueses surpreenderam pela positiva. As medalhas são importantes mas mais do que isso interessa ver a luz ao fundo do túnel (futuro) e isso acho que foi alcançado. Para o ano a Taça da Europa realiza-se em Paris e aí veremos se a aposta que foi feita continuará a dar os seus frutos...
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